quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Homossexualismo e preconceito

Hoje discutia com grandes amigos sobre homossexualismo. "Não quero chegar nem perto de um gay", dizia um deles. Parece até que os gays possuem alguma doença. Já se foi o tempo em que a Aids predominava entre os homossexuais. Hoje são os casais os maiores transmissores.

Qual o motivo disso? Perguntei. "Não é natural", respondeu ele. Oras, a agressão física é algo do ser humano, está no seu instinto e podemos considerar "natural", mas é correto? Não querer se aproximar de alguém por uma simples questão de sexualidade é preconceito sim, ao contrário do que meu amigo afirma.

Além do mais é ótimo ter amizade com gays. Vários dos meus amigos são homossexuais ou bissexuais. Eu não os julgo. Daí vem alguém dizer para ler a bíblia. Coitados dos gregos então, existiram muito antes de Cristo e tinham as mulheres apenas para procriação. O prazer na cama era tido com os homens.

Mas se formos ler a Bíblia, vamos falar sobre os 10 mandamentos. Pela Bíblia, é pecado desejar a mulher do próximo. E será que alguém se afasta de um amigo apenas porque ele deseja uma mulher casada? São questões bastante relativas. Não podemos simplesmente dizer que não queremos alguém perto. Aliás, como saber que alguém é gay? Quem garante que eu não sou gay, mesmo assim estava conversando com este meu amigo. E se ele descobrisse um dia que eu sou homossexual, caso eu fosse, iria cortar a relação de amizade de tantos anos? Infelizmente, nossa sociedade está repleta desta porca hipocrisia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Estereótipos

Quem inventou que rosa é cor de menina e azul é cor de menino?

Desde que nascemos recebemos um banho cultural que vai impregnando nossa mente e nosso modo de ver a "realidade". Assim, veremos e classificaremos as diferenças sexuais por cor, preferência, estilo, roupa, profissão e por aí vai. Tanto é verdade isso que há outras culturas em que o azul não é a cor da "masculinidade", mas da paz e tranqüilidade.

Na verdade, a associação de cores ao sexo da criança vem de muito tempo. Na era pré-cristã, acreditava-se que algumas cores poderiam expulsar os espíritos malignos que rondavam a alma ainda indefesa de um recém-nascido, tentando expulsá-la e tomar para si o corpo da criança. Como os bebês do sexo masculino eram mais valiosos, passaram a ser trajados com vestes azuis, cor associada aos espíritos benignos da natureza (talvez por ser a mesma do céu), e as meninas quando recebiam alguma atenção, eram vestidas de preto, a cor da fertilidade nas culturas orientais.

Foi no século XIX que o rosa ganhou a ligação com a feminilidade, influenciada por uma lenda do norte-europeu que diz que as meninas nascem de rosas e os meninos de repolhos azuis. Mas não é em todo mundo que o padrão se disseminou. Na França, devido a associação cristã com a pureza do manto azul de Virgem Maria, por um bom tempo as meninas eram vestidas de azul.

Mesmo com todas as tradições, hoje o mundo é outro. A crendice caiu um pouco e a socialização das cores se resume a um simples conceito: o pré. Estava eu tirando umas cópias não importa onde de documentos importantes, mas que não vêm ao caso. Ao lado uma senhora olha uns rosários e pede à moça para dar uma olhada. Logo vem a pergunta: é para menino ou menina? (ela já tinha pegado o rosa) "Menina", responde a gentil senhora. E ela deixa o rosário ali, rosinha e tirou mais um vermelho escuro, quase um bordô.

Carambolhas! E se a menina gostar de azul? Ou o garoto usar o rosário cor-de-rosa ou vermelho? Estereótipos ridículos. Por acaso isso vai determinar a sexualidade do homem? Se fosse assim, os homosexuais não usariam azul ou preto. Muito menos as lésbicas gostariam do rosa e cores consideradas "mais próprias para as mulheres". Pombas, eu tenho duas camisas rosa e fico muito bem com elas.

Infelizmente esse preconceito inconsciente já se tornou parte da sociedade e vem desde o princípio dos tempos. Mas e se a tradição das cores vem da era pré-cristã como o próprio Cristo seria taxado se gostasse de pintar a túnica de rosa?

sábado, 20 de fevereiro de 2010

De Joinville

Coragem... Enfrentar a serra e decidir o futuro na facul. Ainda à tarde corre-corre. Consegui? Quem sabe... Resposta só na segunda.

Matérias que busquei detalhes pela manhã ficaram de fora. Dois bafões em Rio Negrinho envolvendo secretário e vereador. Outro com o irmão do prefeito agredindo um jornalista amigo meu. Tudo feito por telefone. Mais uma matéria de acidente que o Fernando bateu foto e mandou por e-mail. Dados, só pela invenção de Graham Bell.

Mais nota políticas. Fechei o turtle e fui pra aula. Aula? Tinha trote nos calouros... Depois bar com a calourada e dormir sabe Deus onde. Agora só aguardar festa à noite em Joinville. Casa domingo e carona para "caloura" de São Bento.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mais um dia daqueles

De manhã tudo parecia bem. Uma matéria de esportes, mais uma matéria de esportes. À tarde fui inventar de fazer uma reportagem que tinha me pedido há duas tempos e deixei passar. Graças a Deus por isso. Consegui mais uma, esta para capa.

Sei que só no hospital fiz três matérias hoje. Saí de lá cheirando a soro pelo tempo que passei lá dentro. Pelo menos consegui o que queria: matéria. Acho que esse é meu objetivo de vida, conseguir reportagens para o jornal, quanto mais polêmicas, melhor. Sem essa parte também não teria graça alguma.

Mais tarde outro relaese, outra matéria. No final das contas escrevi uns nove arquivos. Um total de 13.679 caracteres. Nada mal se contarmos que foram seis matérias, uma foto-legenda além de notas rápidas e políticas. Além do que a meta é escrever ao menos 10 mil por dia. Então estamos dentro do esperado, ao menos hoje.

Lá pelas tantas fiquei sabendo que a concorrência tinha ficado um tanto nervosa porque dei um furo neles sobre o caso de um caminhão furtado no interior. Quem leu o post anterior sabe de qual veículo estou falando. Enfim, sou pago para isso... Mesmo assim adoro quando consigo essas peripécias hehe.

À noite devolvi os dois filmes que restaram, um deles ruinzinho (da mesma leva dos devolvidos ontem) mas que os 15 minutos finais - depois de uma hora e quinze de DVD - até que salvaram um pouco a locação, mas não muito. O outro era engraçadinho ao menos. Tá eu sei, sou chato pacas para filmes, mas fazer o que...

Só então fui bater uma bolinha. Enquanto os dois times estavam quatro contra quatro (três na linha e um no gol) ganhávamos por 10 a 1. Entrou mais pro outro time e deixamos empatar: 18 a 18. Esse quarto jogador veio para a nossa equipe e, quando chegamos a 20 a 20, ele saiu e voltamos ao número inicial. Perdemos por 23 a 20 comigo no gol. Fica a pergunta: ganhamos ou perdemos? Depende do ponto de vista...

Depois de uma cervejinha ainda encontro tempo para escrever esta novela diária para meus poucos, mas fiéis amigos lerem. Agora é hora de um banho. Mesmo no gol, suei pra caramba.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Dia policial

Pela manhã um e-mail do editor: "Fazer matéria sobre caminhão roubado de serraria". Fui ver isso apenas à tarde. Ainda de manhã tinha outras duas entrevistas por fazer, uma a qual cheguei atrasado por sinal, com o pastor da igreja luterana. A outra com uma mulher de uma associação que precisa de verba pra terminar de construir uma capela. Mas a matéria do caminhão ficou para a tarde e o que parecia ser fácil me tomou um tempo danado.

A polícia não tinha foto do caminhão nem mais informações. Liguei para a vítima e consegui permissão para fotografar o dito cujo caminhão na serraria. Esqueci de comentar: o possante foi recuperado depois que os bandidos barbeiros bateram numa árvore e fugiram a pé. Enfim, fui para o interior de carro e enfrentei um verdadeiro lamaçal. Levei umas duas horas até chegar na serraria, fazer as fotos, pegar os dados e voltar pra redação. Pelo menos ficou bom.

Quando ia pensar em escrever as matérias da parte da manhã, perseguição a um Uno roubado em Sào Bento. A polícia fez barreira em Rio Negrinho e lá fui eu sem colete e com a câmera na mão atrás de mais uma notícia. Outro bandido barbeiro que bateu o carro roubado. Mas pense num carro destruído - perda total. O cara ainda conseguiu fugir pelo matagal, sabe Deus como.

Bom, nisso já perdi mais uma hora. De volta à redação fui escrever mais esta matéria. Depois de mais 50 minutos de texto, já estava na hora da sessão da Câmara de Vereadores. As entrevistas da manhã teriam de esperar.

Na câmara consegui uma matéria e algumas notas políticas. Ainda tive de fazer um box para completar essa mesma matéria da câmara, pois sobrara espaço na página. Fiz - e ficou uma bosta, mas era só pra tapar o buraco.

Eu já tinha desistido de colocar no word as entrevistas da manhã quando perguntei pro editor como estava o jornal. "Estou com uma página em branco". Ferrou! Enquanto os vereadores ainda falavam na Palavra Livre, eu transcrevia a entrevista com o pastor para o turtlebook. O chamo assim porque é lento como uma tartaruga manca. Quando terminei o texto, a sessão tinha acabado e a internet da Câmara tinha sido desligada. Fui correndo até em casa pra mandar o texto pro jornal. Liguei pro editor e expliquei a situação.

No fim das contas não ia ajudar muito, ficou pequeno. Decidi escrever a outra matéria sobre a capela da associação. Depois de colocar tudo no word e mandar pro jornal perguntei pro editor se ainda tinha espaço e precisava de mais alguma coisa. Quando já tinha me decidido trabalhar um release da Câmara, ele disse que podia deixar quieto, pois agora tava tudo bem. Ainda deu tempo de correr pra locadora devolver dois filmes que assisti na terça-feira(ruins) e alugar outro melhorzinho.

O mundo do faz de conta

Recentemente uma professora,que veio da Polônia para o Brasil proferiu a seguinte palestra:
Já vivi o bastante para presenciar três períodos distintos no comportamento das pessoas, dizia ela.
O primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso ser. Ser honesta, ser educada, ser digna, ser respeitosa, ser amiga, ser leal.
Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do ter. Era preciso ter. Ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter e ter...
Na atualidade, estou presenciando a fase do faz de conta.
Hoje, as pessoas fazem de conta que está tudo bem.
Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam, alunos fazem de conta que aprendem.
Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo e o povo faz de conta que acredita.
Pessoas fazem de conta que são honestas , líderes religiosos se passam por representantes de Deus, e fiéis fazem de conta que têm fé.
Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que é imparcial.
Traficantes se passam por cidadãos de bem e consumidores de drogas fazem de conta que não contribuem com esse mercado do crime.
Pais fazem de conta que não sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem,que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que não sabem que os pais sabem.
Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros...
E a maioria da população faz de conta que está tudo bem...
Mas uma coisa é certa: não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência. Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não justificamos.
A pessoa que vive de aparências ou finge ser quem não é corre sérios riscos de entrar em depressão;
Isso é perfeitamente compreensível, graças à batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa.

O texto não é meu, galera

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O que dizer?

Para quem gosta de tudo na vida (será que existe tal pessoa?) sempre há o que fazer. Mas e para quem não simpatiza com nada (outro ser estranho) como se dedicar a algo que nada tem a ver com você? Sei que não faz sentido algum, aliás, eu também não faço sentido algum para mim mesmo. No entanto, sentia a necessidade de questionar isso no meu primeiro post. Afinal, nem sei sobre o que escrever por enquanto... Deus salve a América? Mas como se a América matou Deus? "Eita nóis".