terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A pior traição é aquela praticada pelos amigos mais próximos

Não sei se algum filósofo ou pensador já tenha dito isso, mas é a mais pura realidade. Descobrir uma traição de amigos muito próximos, os quais você considerava quase como irmãos é algo avassalador. Mesmo que a traição não tenha sentido para quem traiu ou para quem ouviu as lamúrias do “traído”, o impacto que gera nessa pessoa não tem explicação. Perder o chão? É muito mais que isso. Abre um buraco negro no traído, sem precedentes, que vai sugando todos os bons sentimentos que ele nutre por aquelas pessoas.

Quando um homem ama uma mulher demais, ou o contrário, e sofre uma traição, muitas vezes ele ou ela desconfia de todos os futuros parceiros. Fica complicado tentar uma nova relação por causa desse medo de confiar de novo. Quando encontra alguém, logo tenta traí-lo para, se a sina se repetir, sair por cima ao terminar o relacionamento. No caso dos amigos, essa quebra de confiança faz com que a pessoa se perca, pois se não pode confiar em amigos tão chegados, como pode confiar em qualquer outra pessoa? Amigos verdadeiros são aqueles que sabem tudo a seu respeito. Sabem quando você gosta realmente de alguém. Conhecem como você é por dentro tanto quanto seus pais, muitas vezes. Às vezes até mais.

Quando era mais jovem eu era apaixonado pela menina com quem dei meu primeiro beijo. Ela terminou e fiquei sabendo que estava afim de um amigo que tinha como irmão na época. Quem me contou foi o próprio. Ele disse que até ficaria com ela, mas ao me ver arrasado com o término do namoro me prometeu jamais ter nada com ela. Um dia, mais tarde, voltei a ficar com ela, anos depois. Voltei àquela questão e ela confirmou que os dois jamais se beijaram ao menos. Amizade verdadeira é isso. Cumprir a palavra dada não importando o quão tentador ou difícil seja cumpri-la. Mas se mesmo sabendo da minha enorme paixão pela garota, ele tivesse ficado com ela depois de ter prometido não ficar? A confiança e a amizade ficariam abaladas para sempre e talvez jamais seriam as mesmas de novo. Como agora…